Brasil Outubro 2018


Não me peça silêncio quando na casa vizinha um abuso se reedita.

Não me peça silêncio quando, no palanque, se fala em nome do abuso.

Não me peça que não te incomode quando na outra calçada alguém sofre um abuso.

Não me peça silêncio quando o abuso mete seus dedos frios pelas frestas da janela determinado a entrar.

Esta não sou eu.

Perderei seu amor e me arriscarei no seu ódio.
Não espere silêncio onde minha humanidade grita.
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