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Mostrando postagens de dezembro, 2011

O Monstro Sou Eu

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Quiseram as moiras que eu ganhasse a vida com comunicação. Na propaganda aprendi a manipular imagens: photoshop da alma das pessoas e das empresas. E sou boa nisso. Eu, sou a artesã que conserta a frase do candidato, do executivo, com minha real compaixão humana e a faço soar doce. Trabalhei com marketing político, dentro das minhas pequenas possibilidades de concessão moral, mas tenho dúvidas se ainda irei para o céu. Usei e uso meu dom da poesia, minha varinha mágica, para dourar pílulas pálidas, ensiná-las a ser furta-cores. Ajudo a fabricar o mundo platônico com  textos bonitos e politicamente corretos e imagens irretocáveis em que vivemos. O universo outdoor. Entendi rápido a lição triste: o parecer bom é mais caro que o ser bom.  Gastamos mais com o discurso que com a essência. A imensa bondade que se faz no anonimato pesa nada perto da minúscula bondade que se publica. Contra a maldade essencial do homem criamos a ditadura do bom, das ONGs, das instituições culturais, dos hum

A Que Veio do Céu

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Celina não é garota simpatia. Tão esquisita quanto o nome pra uma menina de seis anos. Pior, tem uma irmã gêmea que é o avesso dela e seduz até as pedras...