Brasil meu

Brasil, meu Brasil amado... País entristecido, vivendo o tempo da casca. Embaixo, a ferida lenta cicatriza. Em cima, a casca velha dos velhos de espírito ainda apegada à pele.  Nada a esperar da casca, a não ser que ela, finalmente, caia. Esperneia, fadada a morrer.  Carrega em si a estrutura dispensável do remendo e a memória de tantas porradas. Não é solução, é processo inevitável de superação dos traumas. Brasil, meu Brasil amado... Repugna-me olhar a casca dos nossos descaminhos, das topadas que demos, dos guias canibais a quem entregamos nossos filhos, mas sei que é processo. Ela cairá. E, se ficar uma cicatriz, vamos carregá-la como um monumento à nossa grandeza interior. Por que não somos feridas eternas. Somos brasileiros. 

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