Pode Acabar
Não é mais sobre a guerra. Nenhuma guerra. É sobre a Terra, toda a Terra. Por que não é mais sobre quem estava certo, quem ganhou, quem venceu. É sobre a espécie que sobreviveu. Não é mais sobre o dono da autoridade, quem tem o cargo pra mandar. É sobre assumir a autoria de pequenas crueldades. É sobre a capacidade de autorizar essenciais alegrias. Não é mais sobre recursos a explorar. É sobre a sabedoria de recusar-se a explorar, mudar o curso. Nem é sobre a urgência de cada reciclagem. É sobre a inteligência de ouvir a mensagem vital e se curvar humildemente ao ciclo natural. Não é mais sobre o poder que nos trouxe até aqui. É sobre reinventar o poder pra seguir sem apodrecer. Não é sobre o crescer é sobre o parir. Nem sobre o ter, é sobre o sentir. É sobre consumir sem adoecer. É muito sobre o que virá e ao mesmo tempo é sobre o já, o agora. E não é sobre a dor que vem de fora, o inimigo que ameaça. É sobre se saber o predador e sempre a caça. E não é sobre ser sal...
Magnífico, querida Senhorita Safo. É duro, é difícil, mas é a realidade. Já passei por isso tantas vezes. A mais dolorida foi com meu irmão caçula e nada o fez sair do seu quartinho. Literalmente. No quartinho onde ele se trancava e ficava lendo livros e mais livros e a vida foi passando e ele morreu bem cedo, bem mais cedo do que eu imaginaria. Eu, até o último momento, tentando enfiar goela abaixo dele, o remedinho milagroso, que ele se recusou a tomar até o último dia de sua vida. Mas da próxima vez, ainda mais lendo o seu artigo, eu juro que vou dependurar o manto de Jesus Cristo na porta e vou viver minha vida, antes que seja tarde demais. Um beijo querida, o domingo está lindo, eu vou tomar banho e sair pra saracotear...
ResponderExcluirSylvia Manzano
Saracoteie amada, que às vezes um saracotear tem muito mais poder de tirar gente do quartinho. Bjooo
Excluir***"Senhorita Safo, Nanna,
ResponderExcluirÉ sp uma delicia ler o seu texto. Pelas verdades que vc trata tão intimamente seja pelo seu jeito de escrever, tão pessoal.
Adoro esse texto... Principalmente pq é a tentação quotidiana no consultório. Mas é o outro que tem que cair em si. Messias só um...
Bjs***"
Querida Safo
Coloquei (como sp faço) o seu texto no FACE e a Eleonora Rosset, que foi quem me indicou seu blog leu e comentou isso que copiei acima. Eu disse a ela que se vc não está no FACe iria perder esse delícia de comentário e ela me pediu que colasse aqui. Então, eu colei.
Mas afinal, vc não está no FACE?
Um beijo e aqui é a Sylvia Manzano e o comentário acima é da Eleonora Rosset.
Tá bom?
Ah...o saracoteio de hj foi mto bom.
Uai, eu tô lá sim. Tem a página da Safo e tem a Nanna de Castro, esta uma que me esconde dentro dela. Rsrsrs. Vou ver se te acho lá.
ExcluirAh, já solicitei sua amizade. Vou avisar a Eleonora tb q vc tÁ LÁ. Bjo
ExcluirAh, pronto, consegui recuperar minha conta no Google. Não gosto de postar como anônimo...
ResponderExcluirMuito boa!
ResponderExcluirBeijinho...
;)
ExcluirAi Nanna, meu Deus!!!! Qta dor! Socorro! Todos vão ser assim agora!!????
ResponderExcluirEstá muito frio, as lágrimas fazem a pele do rosto arder... deixa esses pro verão...
Acho que o inverno é mais triste, né? Nos inspira essas reflexões doloridas e melancólicas...
Meu pai morreu no verão... mais especificamente no dia 31 de janeiro! em um dia de sol, qdo as delícias do mundo nunca tinham estado tão explícitas... eles fazem isso, para deixar claro que estão indiferentes a tudo mesmo... e que os nossos remédios milagrosos são, para eles, pílulas de açúcar! Mesmo que eles tomassem, não faria o menor efeito... a questão é se estamos dispostos a ajudar O OUTRO de verdade... com o que O OUTRO precisa... se queremos nos sacrificar... nós que cada vez mais nos limitamos ao kkkkk...
dor... muita dor...
Ooooi! Acabo de pousar a bunda nesta terra e logo te chamo para nosso café. Eu acho que tem hora que o outro simplesmente não quer ajuda mesmo, Luisa. O que ele precisa, não nos pertence. E dói pra caralho quando se ama. Nos vemos logo. Bjoca.
ExcluirNanna querida, que texto lindo...muito útil para mim. Obrigada por se fazer presente no meu dia-a-dia através dos seus textos, eles sempre falam diretamente comigo. um beijo, Tati Libbos
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