Nunca está bom. Sempre falta. Olho cheia de inveja para o jacaré no banco de areia no meio do rio. Plácido. Não falta nada. E quando falta é tão simples, tão reto. Mas eu caí na esparrela de vir ser humano. Um bicho cheio de receitas de ser. Para mim falta tudo. Acordo de manhã precisando beber menos, ganhar mais, encontrar o melhor corte de cabelo, fazer algum curso, meditar, respirar usando o diafragma, ser mais positiva, comer mais ovo, comer menos ovo, comer meio ovo, comer dois ovo, não errar o plural de ovo. Estou sempre errada, inadequada, devendo. Não consigo simplesmente apoiar a barriga no banco de areia e olhar o céu. A barriga que apoio no banco de areia é grande demais, é flácida, é um corpo estranho plasmado no meu abdome, um continente ou conteúdo psicanalítico que não cala e não me deixa em paz. Não sendo um jacaré, preciso evoluir sem descanso: encontrar minhas sombras, desvendar meus traumas, buscar a iluminação mas, claro, com humildade, não muita humildade que pode ...
putz! que fotografia ma-ra-vi-lho-sa. que cenário concreto mais poético. que pb mais pb! do texto, gosto muito do final. por dois motivos: 1- pelo frase do fechamento e 2 -pois é quando a atriz se solta, o texto flui em sua boca. parabéns nana. achei a ideia e a iniciatiiva fantásticas
ResponderExcluirQuerida companheira de escrituras, é uma peleja fazer um videozinho destes, mas um peleja deliciosa. Obrigada, vou repassar seus elogios à equipe. Bjoka.
ExcluirNao consegui ver o video todo por este computador, mas amei o inicio que pude assistir. Vou assistir novamente depois e já espero pelos proximos! bjs Maria Eugenia
ResponderExcluirQuerida, tenta a versão do youtube, é mais leve. Bjoca.
ExcluirFantástico! Já conhecia a crônica(uma das mais lindas), e encantei-me pelo vídeo.
ResponderExcluirBjo!
só hoje parei para assistir. lindo texto. linda mari. ultimamente acho mesmo que o homem veio da bosta, por falta do barro. ri.
ResponderExcluirTem uns que viram adubo. Nem todos.
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