Quando comecei a roubar
Eu resolvi roubar também. É. Vou roubar os outros. Vou aderir à roubalheira institucionalizada, juntar-me aos maus e engrossar a farra do cada um por si. Chega desta bobagem de querer fazer arte aos trancos e barrancos, implorando esmolas do Estado ou ajoelhando para o marketing dos patrocinadores. Melhor ser criminosa que ser artista nesta triste república verde amarela. Chega. Encheu. Vou chamar umas amigas que também andam bem de saco cheio da falta de tudo reincidente no cotidiano tupiniquim e vamos montar uma gangue. De dia, vamos levando esta vidinha besta de ler jornal e descobrir que fomos vítimas mais uma vez dos políticos, dos líderes da nação e dos chefes das quadrilhas de todos os níveis hierárquicos, mas de noite... Ah! de noite vamos à forra. Vamos tomar o nosso na marra, enfiar uma arma na cara dos que ainda vagam por aí indefesos e arrancar tudo que der. Vamos assumir nosso parentesco com aquele ladrão português que foi abandonado na Terra Brasílis pelas primeiras ca