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Mostrando postagens de abril, 2011

Morrer

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Como nos confundem as mortes que precisamos morrer em vida. Pois, para serem boas mortes, funcionais, precisam também trazer o horror do fim absoluto...

Mulher Moletom Versus Afrodite

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Mais um round e novamente Mulher Moletom põe a nocaute minha Afrodite...

Non Stop

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Minha vida free lancer me impõe tempos sem fazer nada. Pausas. Não sei como lidar com pausas. Sou fissurada pelo fazer. Existo em duas modalidades: estressada pelo excesso de fazer e estressada pela falta do fazer. Ficar parada me atormenta, me angustia.  Como um equilibrista na corda bamba que é assaltado pela consciência do vácuo. Preciso preencher meu tempo com tarefas.  Vou arrumar gavetas, estantes, mudar móveis de lugar.  Ser útil. Tenho pavor destes momentos em que não sou útil. São como amostras da morte. Um dia minha atividade desaparecerá do mundo e a história seguirá alheia à minha inexistência. Que horror! E este telefone que não toca? Cinco dias sem que ninguém precise de mim, sem demandas, sem pressão. Sinto falta do cano gelado do revólver nas costas. Ponto torturante de equilíbrio. Não sei focar sem urgência. Tantas coisas eu queria fazer quando não tinha tempo, mas agora... A ansiedade não deixa. Poderia escrever umas páginas daquele meu livro... Não escrevo. Sentiria

Sinto, logo existo

Penso demais. Penso até acreditar que sou aquela que pensa. Descartes me perdoe: sou mais. O pensar em excesso polui minha existência com achismos, mágoas, paranoias, delírios de grandeza que vêm dela, a senhora mente. Ela reina na existência humana e fabrica incessantemente pensamentos para controlar o mundo: teorias e verdades. Fulano é assim e assado, preciso urgentemente fazer isso, mamãe fez aquilo comigo. Enquanto vagamos hipnotizados pela mente no mundo dos pensamentos, a vida presente se esvai. Não vejo a vida acontecer no aqui e agora: o calor morno do meu corpo, o vento balançando de leve as folhinhas do flamboyant lá fora, um passarinho cantando no caos urbano, o ar frio expandindo meus pulmões, sensação de estar vivo. Nada. Vagamos no passado ou no futuro pensando. É como uma máquina que nos controla e nos ilude. E ergue castelos e barreiras em torno do ego, guarda-costas feroz da individualidade. E passamos a acreditar que o pensado é o real. Não é. O pensado passa pelo fi