Meio Ovo
Nunca está bom. Sempre falta. Olho cheia de inveja para o jacaré no banco de areia no meio do rio. Plácido. Não falta nada. E quando falta é tão simples, tão reto. Mas eu caí na esparrela de vir ser humano. Um bicho cheio de receitas de ser. Para mim falta tudo. Acordo de manhã precisando beber menos, ganhar mais, encontrar o melhor corte de cabelo, fazer algum curso, meditar, respirar usando o diafragma, ser mais positiva, comer mais ovo, comer menos ovo, comer meio ovo, comer dois ovo, não errar o plural de ovo. Estou sempre errada, inadequada, devendo. Não consigo simplesmente apoiar a barriga no banco de areia e olhar o céu. A barriga que apoio no banco de areia é grande demais, é flácida, é um corpo estranho plasmado no meu abdome, um continente ou conteúdo psicanalítico que não cala e não me deixa em paz. Não sendo um jacaré, preciso evoluir sem descanso: encontrar minhas sombras, desvendar meus traumas, buscar a iluminação mas, claro, com humildade, não muita humildade que pode ...
Nanna, que delícia ler seus textos... ADORO !!! E Minas é tudo isso mesmo !! Final do mês estarei por aí também e aproveitar muito com as crianças !!!
ResponderExcluirBeijos,
Cintia
Nanna me deu uma vontade de sentar na cozinha com vc e a sua família ... já imaginei o cheirinho de cafee, o bolo quente ... no final de semana do dia 18 eu estarei em Minas na Serra do Cipó, acho que vai ser assim ... de encharcar! amor, Conz
ResponderExcluirAhhhhhhhh... quanta saudade!
ResponderExcluirTá na hora de você me colocar no banco de trás de novo...
Prometo tomar Dramin e levar saquinho. rs!
Viva a Nanna!!!
Beijos com café.
Faltou falar do do pão de queijo que nenhum estado vai conseguir imitar. De resto, linda e poética definição deste estado que e pura magia. Amo tudo aquilo e as vaquinhas nas montanhas Sao retrato da infância. Beijo recheado com carupiry.
ResponderExcluirBelíssima Nanna, que encharcada nos encharca!
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