O Pequeno Príncipe e a Cobra
Eu tenho 16 anos. Tinha. Estou morta. Enforquei-me no banheiro da casa dos meus pais. Escrevo aqui através dos dedos de minha mãe. Eu nunca escrevi bem, deu-me um trabalho grande minha carta de despedida que reescrevi muitas vezes e, mesmo assim, sei que ficaram erros perdidos em algumas linhas. Esperei que o coração de minha mãe se acalmasse um pouco, então pedi a ela que me emprestasse seu dom uma vez para que eu dissesse a todos vocês que choraram e choram, que se assustaram, que ficaram perplexos, que perderam o chão: morrer é um direito de quem nasce. Viver não é obrigatório. Viver não é para compreender, é para ser bom. E para ser suficientemente bom, em algum lugar tem que bastar estar vivo. Sem enfeites, penduricalhos, sem fazer nada, sem ter nada... Tirar tudo de cima, mergulhar no vazio, na solidão, no possível e encontrar o prazer de viver, de estar conectado. Quem fica é porque encontra. Morrer também não é para compreender. Muitas teorias sobre minha morte vão caber e nenh...
muitas árvores serão envenenadas pela nova lei que padroniza as calçadas!
ResponderExcluiràs vezes acho até bom, vou embora de são paulo sem perder nada... eita cidadezinha nojenta essa...
Luisa querida, vá se embora sim mas não vá, ok? Bjos!
ExcluirTambém acho.
ResponderExcluirANTONIO PAIVA FILHO
Antônio meu caro, bom vê-lo por aqui. Bjoca.
ExcluirÉ incrível! Como inocentes folhas podem incomodar as pessoas? Muito bom!!!
ResponderExcluirAdri, é como dizem: quanto mais eu olho o homem mais gosto do meu cachorro. Obrigada por passar por aqui!
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