O Pequeno Príncipe e a Cobra
Eu tenho 16 anos. Tinha. Estou morta. Enforquei-me no banheiro da casa dos meus pais. Escrevo aqui através dos dedos de minha mãe. Eu nunca escrevi bem, deu-me um trabalho grande minha carta de despedida que reescrevi muitas vezes e, mesmo assim, sei que ficaram erros perdidos em algumas linhas. Esperei que o coração de minha mãe se acalmasse um pouco, então pedi a ela que me emprestasse seu dom uma vez para que eu dissesse a todos vocês que choraram e choram, que se assustaram, que ficaram perplexos, que perderam o chão: morrer é um direito de quem nasce. Viver não é obrigatório. Viver não é para compreender, é para ser bom. E para ser suficientemente bom, em algum lugar tem que bastar estar vivo. Sem enfeites, penduricalhos, sem fazer nada, sem ter nada... Tirar tudo de cima, mergulhar no vazio, na solidão, no possível e encontrar o prazer de viver, de estar conectado. Quem fica é porque encontra. Morrer também não é para compreender. Muitas teorias sobre minha morte vão caber e nenh...
Sem café???
ResponderExcluirNão consigo imaginar... rsrs
Li uma estória de um cara que foi ao médico, e disse que não bebia alcool, café , comia só verduras, não trepava e etc,uma vida bem certinha.
ResponderExcluirEle perguntou ao doutor o que mais ele deveria fazer para viver bastante.
Sabe o que o médico respondeu?
Para que você quer viver mais levando essa vidinha sem graça? bj
Rita
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGosto deste blog porque ele me deixa saber que a menina está viva e bulindo. Saudade.
ResponderExcluirNão sei que porra fez sair "Os Viralata" na assinatura do comentário anterior.
ResponderExcluirhehehe... Uma amiga certa vez me alertou: desconfie de quem não tem um vício! Sendo assim, cultivo os meus, até como uma forma de confiar em mim mesma! ...e viva os pequenos vícios diários e "inofensivos", que nos mantém vivos!!!!
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