O Pequeno Príncipe e a Cobra
Eu tenho 16 anos. Tinha. Estou morta. Enforquei-me no banheiro da casa dos meus pais. Escrevo aqui através dos dedos de minha mãe. Eu nunca escrevi bem, deu-me um trabalho grande minha carta de despedida que reescrevi muitas vezes e, mesmo assim, sei que ficaram erros perdidos em algumas linhas. Esperei que o coração de minha mãe se acalmasse um pouco, então pedi a ela que me emprestasse seu dom uma vez para que eu dissesse a todos vocês que choraram e choram, que se assustaram, que ficaram perplexos, que perderam o chão: morrer é um direito de quem nasce. Viver não é obrigatório. Viver não é para compreender, é para ser bom. E para ser suficientemente bom, em algum lugar tem que bastar estar vivo. Sem enfeites, penduricalhos, sem fazer nada, sem ter nada... Tirar tudo de cima, mergulhar no vazio, na solidão, no possível e encontrar o prazer de viver, de estar conectado. Quem fica é porque encontra. Morrer também não é para compreender. Muitas teorias sobre minha morte vão caber e nenh...
Que maravilha ler isso. Tenho uma inveja dos que não o conhecem ou convivem pouco com ele... Já fomos juntos para um outro estado. nós, os adultos pensavamos que teria medo, mas generosamente foi tranquilo e confiante. E foi tão bom que hoje, quando chego na casa da Nanna e Sérgio, generosamente ele vem, da-me um abraço, um beijo e responde com a cabeça que tudo está bem, e se vai para as coisas que gosta de fazer, para as coisas de meninos. Ele é um amigo menor, carinho, reservado, mas carinho real. E é uma delícia me saber parte do mundo dele e do que ele gosta. Comungamos uma paixão belorizontina descomunalmente irmã. Bjs para ele... e para a mãe dele, uma querida também.
ResponderExcluirChico Neto
Chico, o menino é amigo do seu menino que é delicioso. Obrigada por vir.
ExcluirMeu genro é um menino incrível. Já disse à mãe dele. Não digo à ele para ele não folgar com a minha filha.Mas ele não folga. Surpreende. Quando dá o presente que ela mais quer(na vida rs)no dia dos namorados, quando escreve de BH email mandando beijos para a amada e falando de saudade, quando depois de um desentendimento a prende na parede com força e pede uma chance, com carinho. Por causa dela não o vejo assim, distante, objetivo, focado. Vejo um garoto doce como vi poucos. Queridona, agarra esse menino, beija muito, põe no colo para conversar (nem que seja à força), dança com ele. Ele está lá sim. Ele te quer. E essa mulherada sufoca, faz barulho, ocupa muito espaço. Não dá nem pra pensar em competir. Eu confesso que teria muitos problemas se tivesso um menino.O problema não seria amar. Amaria incondicionalmente. Seria um grande desafio a empatia, o desejo de brincar de super herói, de carrinho, de futebol, de assistir o Dragon Ball... É um mundo absolutamente diferente dos meus interesses. É mais difícil lidar com o diferente, demanda mais trabalho, mais elaboração, mais generosidade. Solta o freio com ele e se joga. Ele vai adorar!
ResponderExcluirCris
Cris, seu genro foi fazer balé e gostou. Dizem que os amiguinhos ficaram na porta vendo ele fazer a aula e acharam muito legal. O cara repetiu uns exercícios aqui na sala. Prepara a sua filhota que o parceiro de dança dela vai ser bom! Hehehehe. Obrigada querida.
ExcluirEsse menino é um cavalheiro...lindo, lindo!
ResponderExcluirSensível como a mãe.
Beijo!
Obrigada Dri. De menino você entende! Rsrsrs.
Excluirobrigada!
ResponderExcluirDemorô mais rolô. Obrigada você.
ExcluirFiz balé quando eu tinha 11 anos e o balé me ensinou a ser a pessoa que sou hoje...pessoa que assim como o 'menino' enfrenta os 'coleguinhas' , a vida e o mundo e simplesmente vive!
ResponderExcluirBeijos e parabéns pelo lindo texto!
Alexandre Rolim/Tangará da Serra-MT
Vou contar para o menino, Alexandre. Ele segue firme em seu propósito e vai gostar de saber que não está só. Beijos.
ExcluirSó prá que conste. Amei sua decisão do balé! bjs
ResponderExcluirE ele segue firme e forte lá na aula. Só tem vergonha de não saber os passos. KKKK
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