O Pequeno Príncipe e a Cobra
Eu tenho 16 anos. Tinha. Estou morta. Enforquei-me no banheiro da casa dos meus pais. Escrevo aqui através dos dedos de minha mãe. Eu nunca escrevi bem, deu-me um trabalho grande minha carta de despedida que reescrevi muitas vezes e, mesmo assim, sei que ficaram erros perdidos em algumas linhas. Esperei que o coração de minha mãe se acalmasse um pouco, então pedi a ela que me emprestasse seu dom uma vez para que eu dissesse a todos vocês que choraram e choram, que se assustaram, que ficaram perplexos, que perderam o chão: morrer é um direito de quem nasce. Viver não é obrigatório. Viver não é para compreender, é para ser bom. E para ser suficientemente bom, em algum lugar tem que bastar estar vivo. Sem enfeites, penduricalhos, sem fazer nada, sem ter nada... Tirar tudo de cima, mergulhar no vazio, na solidão, no possível e encontrar o prazer de viver, de estar conectado. Quem fica é porque encontra. Morrer também não é para compreender. Muitas teorias sobre minha morte vão caber e nenh
Deus! Viver é de um mistério e beleza que prostram.
ResponderExcluirQuerida, ainda bem que Deus inventou as padarias. KKKKKKKKKK
Excluirum infarto fulminante no meio de uma gargalhada... ótima pedida! não sei pq as pessoas querem morrer dormindo! eu não quero! eu quero estar muito acordada e sentir a vida se esvair! é a única vez que isso vai acontecer e vc não vai sentir? eu quero sentir! e que os meus sentidos estejam bem conscientes para absorver tudo! sem dúvida muitas coisas na vida são muito piores, mas muito piores mesmo que a morte...
ResponderExcluirLuisa, Luisa, Luisa, já estou com saudades do nosso encontro que não acontece.
ExcluirOlá Nanna, cheguei até você através de meu irmão, pois ele te vendeu um ventilador ou alguma coisa assim. Gostaria de parabenizá-la pelos textos, são muito poéticos. Vi em seu site que você também é psicóloga, pois bem, já que somos colegas de profissão, convido-a a conhecer o meu: www.monopattia.blogspot.com. Lá, o psicólogo e psicanalista (eu), analisa e reflete sobre o cotidiano e sua aparente frivolidade através do olhar da psicanálise. Fique à vontade para comentar, criticar e sugerir temas. E se gostar, por favor, divulgue a seus contatos.
ResponderExcluirUm abraço, Márcio.
Márcio, já estou indo. Bjos
ExcluirTudo, menos a piedade humana...
ResponderExcluirOutra coisa que não quero nunca é morar com filho rs, prefiro um asilo.
Muito reflexiva e nos faz pensar várias coisas, a dignidade é um valor inigualável.
Beijo! Boa semana...
Estamos criando velhinhos eternos, apagados e incômodos. Quero não ser um. Beijo.
ExcluirGratidão, querida, sincronicidade total. É assim que vejo e sinto tb. Bjo
ResponderExcluirBugra querida! Que bom ter a sua visita.
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