O Pequeno Príncipe e a Cobra
Eu tenho 16 anos. Tinha. Estou morta. Enforquei-me no banheiro da casa dos meus pais. Escrevo aqui através dos dedos de minha mãe. Eu nunca escrevi bem, deu-me um trabalho grande minha carta de despedida que reescrevi muitas vezes e, mesmo assim, sei que ficaram erros perdidos em algumas linhas. Esperei que o coração de minha mãe se acalmasse um pouco, então pedi a ela que me emprestasse seu dom uma vez para que eu dissesse a todos vocês que choraram e choram, que se assustaram, que ficaram perplexos, que perderam o chão: morrer é um direito de quem nasce. Viver não é obrigatório. Viver não é para compreender, é para ser bom. E para ser suficientemente bom, em algum lugar tem que bastar estar vivo. Sem enfeites, penduricalhos, sem fazer nada, sem ter nada... Tirar tudo de cima, mergulhar no vazio, na solidão, no possível e encontrar o prazer de viver, de estar conectado. Quem fica é porque encontra. Morrer também não é para compreender. Muitas teorias sobre minha morte vão caber e nenh...
Rs, eu também morro de medo... Linda a foto! Lindo o texto, os momentos só Deus sabe como foram!
ResponderExcluirUm beijinho!
Saudades!!!
ResponderExcluirAdri, até eu me emocionei com a minha cara. Veja que tem três crianças e mais criança sou eu.
ResponderExcluirEu tb entro nessas paranóias por várias razões e tb fico pensando: " e os meus anos de análise? de nd adiantaram?" Pois é, parece que não prestaram pra nd, né? Afinal, análise não é pra anestesiar a gente, mas, pelo contrário, pra gente ficar mais à flor da pele ainda. Mas parabéns por ter ido e sobrevivido... rsrs
ResponderExcluirPois é Sylvia, se conhecer é mais do que se curar, né? Eu adoro sempre. Beijo
ExcluirNanna! Preciso conversar com vc! Tenho um projeto para um infantil feito para crianças e adultos, que fale sobre o medo, sobre a trasnformação do medo infantil, medo de bicho-papão, de lobo mau, de homem do saco, medo que nos move, em busca de ver o monstro pra poder sair correndo dele, em medo adulto, paranóico, medo racional que vem do pânico de sabermos que sim, tudo pode nos acontecer, as coisas mais trágicas que acontecem todos os dias com todo o mundo podem nos acontecer, os acidentes, os assaltos, as violências urbanas, tudo nos espreita, e isso nos enlouquece e nos paralisa. Eu queria falar disso, queria propor uma reflexão aos pais que ajudem suas crianças a serem mais seguros do que eles, que não se deixem levar pelas infinitas e trágicas notícias de jornal... pois o medo não nos previne de nada... quer escrever?
ResponderExcluirTe respondi. Quero. Vamos nos falar semana que vem? Te ligo. Bjooo
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