O Pequeno Príncipe e a Cobra
Eu tenho 16 anos. Tinha. Estou morta. Enforquei-me no banheiro da casa dos meus pais. Escrevo aqui através dos dedos de minha mãe. Eu nunca escrevi bem, deu-me um trabalho grande minha carta de despedida que reescrevi muitas vezes e, mesmo assim, sei que ficaram erros perdidos em algumas linhas. Esperei que o coração de minha mãe se acalmasse um pouco, então pedi a ela que me emprestasse seu dom uma vez para que eu dissesse a todos vocês que choraram e choram, que se assustaram, que ficaram perplexos, que perderam o chão: morrer é um direito de quem nasce. Viver não é obrigatório. Viver não é para compreender, é para ser bom. E para ser suficientemente bom, em algum lugar tem que bastar estar vivo. Sem enfeites, penduricalhos, sem fazer nada, sem ter nada... Tirar tudo de cima, mergulhar no vazio, na solidão, no possível e encontrar o prazer de viver, de estar conectado. Quem fica é porque encontra. Morrer também não é para compreender. Muitas teorias sobre minha morte vão caber e nenh...
Adorei Nana!bj
ResponderExcluirRita
Bom demais!!! Bjo!
ResponderExcluirP.S. Vovô me disse que em julho vc virá a Minas. Faça-nos uma visita.
Inspirador, Saudosista, Fraterno, Puro, Confortador , amei Nana!
ResponderExcluirBjs Carla Martins
Senhorita Safo,
ResponderExcluirQue linda a sua escrita. É líquida e nos envolve com presteza.
Gostei desse "Irmãos" pq vc falou tudo que eu penso sb a convivência que a gente aprende em casa com eles qdo somos pequenos.
Alguns amigos são a continuidade dos irmãos. Mas aquela intimidade toda, só com quem passou pela mesma mãe.
Eleonora Rosset