Seus textos são de tanta inspiração que mesmo eu que te conheço há...tanto tempo...tanto tempo...mais de uma vida, quase uma eternidade, irmanadas na companhia de ir se olhando crescer e morrer e renascer pertinho uma da outra, mesmo assim me comovo e choro na frente do lap top mesmo com o cachorro lambendo meus pés e fazendo cócegas. Choro. De uma comoção de saber o que voce fala e perceber que o caminho - do árduo ao árduo, do fácil ao árduo, do árduo fácil e do fácil, fácil, nos levam. E mais uma vez, vivida a vida, te escolho por te ler, por te saber acompanhar a singeleza das palavras e também muuuitas vezes o passo pesado da yan mil vezes yan amiga lavradora de umas terras muito úmidas...quase desencarnadas de sol...quase eu-yin. Adoro confiar e saber do seu lugar onde sempre te vi sem ontem nem amanhã mas no hoje de sempre. E prá não perder a pose-máscara de sempre: texto lindo du caralho!
Querida, está sendo muito bacana acompanhar mais de perto sua trajetória. Fiquei encantado com a simplicidade e elegância desse texto. Extremamente animador diante da Bárbarie que estamos vivendo. Amei o comentário da nossa irmã Nany; Confiamos em vc, Abre mão do nome mas não quero perder a piada: Nasce um Paulo Coelho, no melhor dos sentidos, please!!!!
Eu tenho 16 anos. Tinha. Estou morta. Enforquei-me no banheiro da casa dos meus pais. Escrevo aqui através dos dedos de minha mãe. Eu nunca escrevi bem, deu-me um trabalho grande minha carta de despedida que reescrevi muitas vezes e, mesmo assim, sei que ficaram erros perdidos em algumas linhas. Esperei que o coração de minha mãe se acalmasse um pouco, então pedi a ela que me emprestasse seu dom uma vez para que eu dissesse a todos vocês que choraram e choram, que se assustaram, que ficaram perplexos, que perderam o chão: morrer é um direito de quem nasce. Viver não é obrigatório. Viver não é para compreender, é para ser bom. E para ser suficientemente bom, em algum lugar tem que bastar estar vivo. Sem enfeites, penduricalhos, sem fazer nada, sem ter nada... Tirar tudo de cima, mergulhar no vazio, na solidão, no possível e encontrar o prazer de viver, de estar conectado. Quem fica é porque encontra. Morrer também não é para compreender. Muitas teorias sobre minha morte vão caber e nenh...
Chegou a hora de avançar na contramão. Chegou a hora da anti-performance. Onde funciona o vídeo curto, falar devagar e encher de pausas. Onde impera o filtro, imprimir rugas e manchas. Onde a lei é o que vende, soltar borboletas inúteis. Onde negociam perfeição, seios caídos. Onde gritam superação, tombos. Onde me empurram pra frente, sentar. Onde a meta, o humano. Onde o orgulho, desculpas. Onde consumo, autoestima. Onde rede social, abraço. Onde o scroll, o livro. Onde túnel, árvore. Onde a verdade, o amor. Chegou a hora da anti-evolução. Onde o poder, o poder maior. * * *
Nunca está bom. Sempre falta. Olho cheia de inveja para o jacaré no banco de areia no meio do rio. Plácido. Não falta nada. E quando falta é tão simples, tão reto. Mas eu caí na esparrela de vir ser humano. Um bicho cheio de receitas de ser. Para mim falta tudo. Acordo de manhã precisando beber menos, ganhar mais, encontrar o melhor corte de cabelo, fazer algum curso, meditar, respirar usando o diafragma, ser mais positiva, comer mais ovo, comer menos ovo, comer meio ovo, comer dois ovo, não errar o plural de ovo. Estou sempre errada, inadequada, devendo. Não consigo simplesmente apoiar a barriga no banco de areia e olhar o céu. A barriga que apoio no banco de areia é grande demais, é flácida, é um corpo estranho plasmado no meu abdome, um continente ou conteúdo psicanalítico que não cala e não me deixa em paz. Não sendo um jacaré, preciso evoluir sem descanso: encontrar minhas sombras, desvendar meus traumas, buscar a iluminação mas, claro, com humildade, não muita humildade que pode ...
Seus textos são de tanta inspiração que mesmo eu que te conheço há...tanto tempo...tanto tempo...mais de uma vida, quase uma eternidade, irmanadas na companhia de ir se olhando crescer e morrer e renascer pertinho uma da outra, mesmo assim me comovo e choro na frente do lap top mesmo com o cachorro lambendo meus pés e fazendo cócegas. Choro. De uma comoção de saber o que voce fala e perceber que o caminho - do árduo ao árduo, do fácil ao árduo, do árduo fácil e do fácil, fácil, nos levam. E mais uma vez, vivida a vida, te escolho por te ler, por te saber acompanhar a singeleza das palavras e também muuuitas vezes o passo pesado da yan mil vezes yan amiga lavradora de umas terras muito úmidas...quase desencarnadas de sol...quase eu-yin. Adoro confiar e saber do seu lugar onde sempre te vi sem ontem nem amanhã mas no hoje de sempre. E prá não perder a pose-máscara de sempre: texto lindo du caralho!
ResponderExcluirQuerida, está sendo muito bacana acompanhar mais de perto sua trajetória. Fiquei encantado com a simplicidade e elegância desse texto. Extremamente animador diante da Bárbarie que estamos vivendo. Amei o comentário da nossa irmã Nany; Confiamos em vc, Abre mão do nome mas não quero perder a piada: Nasce um Paulo Coelho, no melhor dos sentidos, please!!!!
ResponderExcluirBeijos
LAR