Ela é o cão

Diana é o cão. Está se lixando para a superioridade humana. Faz o que lhe dá na telha. Imune a adestramentos. Comandos de voz? Palhaçada. Diana é quase um Bull Terrier não fossem os genes daquela mãe vira-lata. Tem algum traço muito mas muito sutil de Border Collie. Nada ligado à capacidade de ir pastorear uma ovelha para seu dono. Aliás, as vontades do seu dono não estão entre as prioridades dela. Baixinha, atarracada, invocada, Diana é um torpedo constantemente apontado para a rua. Mal o portão oferece uma primeira fresta e o míssil preto e branco cruza por ela em velocidade estonteante, inibindo toda e qualquer capacidade de reação do bípede evoluído que atende pelo nome de Homo Sapiens. Já era. O bípede implume está agora obrigado a desistir de adentrar seu domicílio para se lançar ao encalço de Diana. Usar sua pouca agilidade animal e exibir-se para os vizinhos atrás do bólido de pernas curtas mas força muscular ímpar, capaz de protagonizar dribles e escapadas sobrenaturais. Após...