By Tom Kelley Meu marido gerou polêmica em um grupo de discussão ao se referir a uma ex-colega de faculdade como gostosa. Algumas mulheres reagiram: porque citar os atributos físicos da outra quando o macho incauto poderia tê-la lembrado pela inteligência que também lhe era peculiar. A história me lançou no túnel do tempo aos meus vinte e poucos anos num dia em que fui gostosa. Uma amiga, inconformada com minha resistência em lidar com a sensualidade, me obrigou a usar um vestido de malha bem colado e salto alto. Olhei-me no espelho e não estava nem um pouco inteligente: eu estava gostosa. E até ali, no reflexo emoldurado dentro do meu quarto, foi muito bom de ver. Mas a amiga, que sempre deitou e rolou nas curvas do seu corpo, queria que eu saísse assim na rua. Ah, para, ah não, nem, de jeito nenhum! Fui. Empurrada pelo meu cacoete de superação, engoli o medo, e sai pela porta da casa. E, de repente, nasci dentro dos olhos de dezenas de machos que até então solenemente me ignorav...