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Mostrando postagens de março, 2011

Paulete

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Este final de semana fui atropelada por Paulete: um travesti...

Re-Ligada

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Quanto mais eu vivo, menos gosto de religião.  Entenda-se como religião aquele portal que eu abri para falar com Deus e que me faz um ser melhor que o outro e me dá poder. Detesto. Não falo de espiritualidade. Estou longe do ateísmo. Espiritualidade é outra coisa, não faz de ninguém "iluminado", superior. Religião neste mundão de nosso Deus tem sido uma máquina de dizer que o outro é diferente, inferior, equivocado. Tanto faz se é porque ele usa decote ou porque come carne. Honestamente, tanto faz, porque toda interdição religiosa é ao mesmo tempo ordenadora e estúpida. Interdição religiosa divide o mundo entre os que fazem e os que não fazem, aglutina mas segrega. Minha turma, os equivocados. A interdição ordenadora diz "não matarás". Por que senão meu vizinho humano, também filho de Deus, poderia me enfiar a faca num momento de irritação.  E não estou falando de cortar o pescoço de uma galinha, ele cortaria o meu.  E ele o faria, porque nós, seres humanos não somo

Dois

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Aprendi a deixar a porta aberta. Nem sempre sei que horas ele volta. Não me importa...

Anti-Prático

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Ai que saudade de ter amigos por perto. Pessoas com quem nos encontramos para resolver absolutamente nada. Gente sem propósito útil na engenhoca produtiva moderna. Tipos que nos distraem. Que saudade das relações não funcionais. Aquele sujeito com quem não trabalho, não me casei, que não pari, não me pariu e mesmo assim merece algumas horas do meu dia. Amigo. Parece que a idade vai nos tornando profissionais demais para ele.  Nosso cotidiano cheio de responsabilidades só tem espaço para pessoas obrigatórias. Amigo é pessoa despropositada, não cabe na nossa agenda adulta. Sequer damos um telefonema. Porque daríamos um telefonema sem meta clara, sem necessidade objetiva? Telefonar pra dizer oi, como é que vai? Impensável em tempos de agendas sincronizadas entre celulares e notebooks e desktops. É triste mas amigo ficou anti-prático. Perturba a programação cotidiana.  Amigo não é prioridade e vivemos atolados em urgências. Seguimos rodando feito vaca no meio do ciclone e esquecemos daquel

Insatisfação Perpétua

Ontem, diante de amigos exauridos e tristes, me perguntei onde estava o limite entre a evolução e a ganância? É justo se querer mais, certamente, mas também é preciso estar satisfeito. O ser humano inventou o sistema de querer sempre mais, insatisfação perpétua, e chamou de evolução, desenvolvimento. Por trás destes nomes bonitos se esconde uma violência. A evolução do ser humano é competitiva. Evolução natural, certo? Darwin. Só os melhores sobrevivem, passam seus genes para frente. Fomos então devolvidos à selva. Desde pequenininhos somos preparados para a competição, para sermos melhores, para conseguirmos o melhor emprego e fazer daquela empresa a melhor empresa, que vai passar seu DNA para frente... e o melhor não tem fim.  O melhor não é atingível, é um rabo que corre na nossa frente enquanto movemos a máquina chamada sistema. Insatisfação perpétua. Se houver espaço, temos de crescer, e dizem, o céu é infinito. O combustível do crescimento, já estamos percebendo, pode ser nossa f